Glossário
Altcoin - são todas as criptomoedas que não são o bitcoin. Altcoin vem de “alternative coin”, ou moeda alternativa em português. As altcoins são tokens digitais com bancos de dados centralizados com protocolos que diferem do bitcoin, e a maioria surgiu a partir de bifurcações (forks) do código desta moeda com parâmetros modificados. Os bitcoiners chamam elas de shitcoins devido ao seu valor tender à zero.
ATH - é o acrônimo de “All Time High”, que significa a alta máxima histórica. Quando alguém diz que a ATH do Bitcoin foi de 620 mil reais, o que essa pessoa está dizendo é que este é o valor mais alto que o bitcoin já atingiu em relação a determinada moeda fiduciária (moeda fiat).
ASICs - acrônimo de "Application Specific Integrated Circuit" (Circuito Integrado de Aplicação Específica), são maquinas com chips especializados em cálculos computacionais específicos. Há uma grande variedade de ASICs com diferentes configurações de poder de processamento computacional, quantidade de energia utilizada e modo de resfriamento utilizado. Essas ASICs geralmente são instaladas em série em grandes galpões ou conteiners (como a Imagem 2 ilustra)
Imagem 1. Uma ASIC, que é uma máquina de mineração específica para o Bitcoin.
Imagem 2. Uma galpão focado em mineração de Bitcoin repleto de ASICs
Baleia - é o termo utilizado para os grandes detentores de bitcoin. Podem ser pessoas físicas, fundos de investimento, bancos, estados, etc. O termo baleia é usado para entidades que possuem mais de 1000 BTCs, o seu comportamento influencia o preço do mercado. O ranking completo inclui baleias (quem tem mais que 1000 BTCs), tubarões (entre 1000-500 BTCs), golfinhos (entre 500-100 BTCs), peixes (entre 50-100 BTCs), polvo (entre 50-10 BTCs), caranguejos (entre 10 e 1 BTCs) e camarões (menos que 1 BTC).
Imagem 3. Ilustração dos termos utilizados para investidores de Bitcoin que possuem determinadas quantidades do ativo.
Bear (bearish) - o termo “bear market” é usado para mercados em queda e quando um investidor está com um sentimento negativo em relação ao mercado. Acreditando que a tendência é de queda, ele está “bearish”.
Blockchain - ou “corrente de blocos” em português é o registro público descentralizado de todas as transações do Bitcoin em ordem cronológica.
Blockchain é um tipo de banco de dados descentralizado que registra informações de forma imutável, transparente e segura. Funciona como um livro-razão digital, no qual transações são agrupadas em blocos interligados em ordem cronológica. Cada bloco contém um código criptográfico (hash) que o conecta ao anterior, formando uma cadeia à prova de fraudes. Por ser mantida por uma rede distribuída de computadores (nós), a blockchain dispensa intermediários e garante integridade mesmo em ambientes de baixa confiança. É a base tecnológica do Bitcoin e de outras criptomoedas. A blockchain do Bitcoin é conhecida como Timechain.
BIP (Bitcoin Improvement Proposal ou Proposta de Melhoria do Bitcoin) - é o formato usado pela comunidade técnica para sugerir alterações ou melhorias no protocolo do Bitcoin, seja em regras de consenso, carteiras, padrões de endereçamento ou funcionalidades de rede. Cada BIP é numerado e documentado publicamente. Exemplos famosos incluem os BIP32 (carteiras HD), BIP39 (seed phrase) e BIP141 (SegWit). Embora nem todo BIP seja adotado, eles são fundamentais para o desenvolvimento aberto, transparente e colaborativo do ecossistema Bitcoin.
Bitcoin e bitcoin - Não existe uma consolidação oficial da grafia de Bitcoin e a compreensão é dada pelo contexto. Atualmente, a grafia mais utilizada é a Bitcoin (BTC), com “B” maiúsculo, que é a rede descentralizada de computadores conectados rodando o mesmo protocolo e existe o bitcoin (btc), com “b” minúsculo, o ativo financeiro usado como unidade de medidas. Ou seja: você compra bitcoins (ou os “centavos” dele, chamados satoshis) e utiliza a rede Bitcoin para fazer as transações financeiras.
O padrão utilizado no livro “O Padrão Bitcoin” é o “b” minúsculo para tudo. O argumento é que se perde muito tempo em discussões inócuas e que sempre é possível compreender o contexto se a frase se refere ao ativo ou à rede e ao protocolo. Este campo exemplifica que inicialmente as pessoas escreviam Internet e que, com o passar do tempo, o padrão que se consolidou foi internet, conforme a tecnologia foi mais adotada e se tornou mais familiar na vida das pessoas.
Também existe quem escreva Bitcoin com “B” maiúsculo para todos os casos. O racional para esta grafia é que o Bitcoin é algo revolucionário e merece ser grafado em maiúsculo.
Bitcoiner ou bitcoinheiro - são os adeptos da tecnologia bitcoin. Existem algumas escalas de bitcoiners, desde os novatos que ainda estão começando a entrar na toca do coelho (termo que os bitcoiners usam em referência ao filme Matrix, onde Neo tem que “seguir o coelho branco”), até os maximalistas, como são conhecidos os bitcoiners que acreditam que a moeda será o protocolo vencedor em um jogo em que o vencedor leva tudo.
Também pode ser definido como aquele que já entendeu a descoberta do Bitcoin e sua inevitabilidade. O bitcoiner sabe e entende com clareza a diferença do Bitcoin em relação a todos os outros ativos existentes, moedas fiduciárias e tokens digitais centralizados. O bitcoiner também sabe porque o Satoshi Nakamoto ter desaparecido é algo positivo e não negativo.
Bitcoin Cash (BCH) - é uma criptomoeda alternativa criada em 2017 a partir de uma divisão (hard fork) do Bitcoin original. Surgiu como resposta a um debate na comunidade sobre como escalar a rede Bitcoin, com o BCH optando por aumentar o tamanho dos blocos, permitindo mais transações por segundo e taxas mais baixas. Embora compartilhe a mesma origem e código-base do Bitcoin, o Bitcoin Cash segue regras próprias e tem sua própria blockchain.
Atualmente (agosto 2025), o valor de mercado (market cap) do Bitcoin está em torno de US$ 2,14 trilhões, enquanto o Bitcoin Cash possui aproximadamente US$ 9,9 bilhões em capitalização. Ou seja, o Bitcoin Cash representa cerca de 0,46% do market cap do Bitcoin. Em outras palavras, o mercado decidiu que a proposta de valor do Bitcoin Cash vale 0,46% do que a proposta de valor do Bitcoin sem as alterações propostas pelo Bitcoin Cash.
Bull (bullish) - O termo "bull market" (ou mercado de alta em português) é utilizado para descrever períodos prolongados de valorização nos preços de ativos, como ações, imóveis ou Bitcoin. Esse tipo de mercado é geralmente acompanhado por otimismo generalizado, aumento na confiança dos investidores e crescimento econômico. Quando um investidor acredita que os preços continuarão subindo, diz-se que ele está "bullish", ou seja, com uma perspectiva positiva em relação ao desempenho futuro do mercado ou de um ativo específico. A metáfora do touro vem da forma como ele ataca, com os chifres jogando a pessoa para cima, simbolizando a direção ascendente dos preços. É o oposto de um "bear market", que indica tendência de queda.
Carteira (ou wallet) - é uma ferramenta usada para gerenciar chaves privadas e interagir com criptoativos como o Bitcoin. Ela pode ser física (hardware wallet) ou digital, por meio de apps e softwares. As wallets não armazenam as moedas em si — afinal, moedas de Bitcoin não “ficam” em nenhum lugar físico ou digital. O que a carteira guarda é a chave privada, que permite acessar, enviar ou receber os valores registrados na blockchain.
Ter uma wallet significa, na prática, ter o controle sobre determinados saldos na rede, tornando-a essencial para a auto custódia e segurança dos criptoativos.
CBDCs (Central Bank Digital Currencies) - são moedas digitais emitidas diretamente por bancos centrais, representando uma versão digital do dinheiro soberano. Diferente de criptomoedas como o Bitcoin, as CBDCs são centralizadas, reguladas e controladas por autoridades monetárias, oferecendo estabilidade jurídica e integração ao sistema financeiro tradicional. Podem ser usadas no varejo (pela população) ou no atacado (entre instituições financeiras).
Seu objetivo é modernizar o sistema de pagamentos, aumentar a inclusão financeira, reduzir custos operacionais e preservar a soberania monetária frente ao avanço das moedas digitais privadas. No Brasil, o projeto de CBDC é chamado de Drex, desenvolvido pelo Banco Central para criar uma infraestrutura digital segura e eficiente, integrando contratos inteligentes e serviços financeiros programáveis à moeda oficial.
Chave Privada - A chave privada é um dos elementos de um par de chaves criptográficas em sistemas de criptografia assimétrica. Ela deve ser mantida em segredo absoluto pelo seu titular, pois é usada para criar assinaturas digitais que provam a autoria e a posse de determinadas informações ou ativos, como moedas de Bitcoin. Também permite decifrar dados criptografados com a chave pública correspondente. No contexto dos criptoativos, a chave privada é o que garante o controle sobre os saldos registrados na blockchain. Quem possui essa chave tem total autoridade sobre os fundos — perdê-la significa perder o acesso permanentemente. No Bitcoin, são suas 12 ou 24 palavras, também conhecidas como sua seed phrase (falamos disso mais adiante neste glossário).
Chave pública - é a outra das duas chaves que compõem um par criptográfico assimétrico, sendo a contraparte da chave privada. Ela pode ser compartilhada livremente e é usada para gerar endereços públicos, que funcionam como “contas bancárias” onde se pode receber moedas de Bitcoin. Embora qualquer pessoa possa enviar fundos para um endereço derivado da chave pública, somente quem possui a chave privada correspondente pode movimentá-los. A chave pública também permite verificar assinaturas digitais, garantindo a autenticidade de transações e comunicações sem revelar informações sensíveis, tornando-se fundamental para a segurança nas redes descentralizadas.
Cold Wallet - como é conhecido o dispositivo utilizado para gerar, armazenar chaves privadas e assinar transações de Bitcoin sem conexão com a internet. Pode ser um pendrive, um celular antigo ou mesmo um hardware específico e dedicado (como Ledger, Trezor, Coldcard, Krux ou SeedSigner). A cold wallet é utilizada para assinar as transações que um usuário quer executar na rede Bitcoin.
Imagem 4. Diversos dispositivos distintos com um software de wallet instalado
Criptografia - é uma técnica de construção e análise de protocolos voltada à proteção de dados e à garantia de sigilo, integridade e autenticidade das informações. Seu principal objetivo é impedir que terceiros não autorizados acessem ou modifiquem dados sensíveis. Ela utiliza métodos matemáticos para codificar mensagens ou arquivos, tornando-os inelegíveis para qualquer pessoa que não possua a chave correta para decifrá-los.
A criptografia é amplamente utilizada em sistemas bancários, comunicações online, redes privadas e no universo das criptomoedas. Com a criptografia, é possível criar assinaturas digitais, proteger identidades e realizar transações seguras mesmo em ambientes abertos e potencialmente hostis, como a internet.
Custódia - é a ação de ter a posse exclusiva ou compartilhada (multi assinatura) das suas chaves privadas para assegurar sua proteção e segurança. A custódia pode ser feita tanto por empresas quanto por pessoas. Um dos lemas principais para todo bitcoiner é o “not your keys, not your coins”, que incentiva todos os usuários da rede Bitcoin a fazer sua própria custódia a fim de serem independentes de terceiros.
Cypherpunks – é um grupo informal de pessoas interessadas em criptografia. Seu objetivo é lutar em defesa da privacidade a partir do uso da criptografia. Esse movimento teve origem nos anos 1990 e foi criado por um grupo de matemáticos, cripto anarquistas e hackers. Os membros originais não tinham ideologia social, eram mais preocupados com a matemática complexa da criptografia e com a filosofia mais ampla de anonimidade, privacidade e liberdade individual.
Os cypherpunks foram instrumentais no movimento em defesa da privacidade e anonimidade online. Eles usavam a criptografia como forma de proteger a individualidade inibindo o controle dos dados trafegados pelos agentes governamentais, institucionais ou do setor comercial.
Imagem 5. Capa de maio/junho de 1993 da famosa revista de tecnologia Wired sobre o movimento cypherpunk.
DCA - é o acrônimo de “dollar cost averaging”, uma estratégia de investimento que consiste em realizar aportes diários, semanais ou mensais. Ao fazer isso, o investidor suaviza a volatilidade do seu investimento e simplifica sua estratégia. Existe todo um movimento entre os bitcoiners que valorizam este método, que é seguro e confiável no longo prazo.
A Bipa tem um podcast que explica mais profundamente essa estratégia de investimento que você pode acessar clicando aqui.
DREX - O Drex é a versão brasileira da moeda digital de banco central (CBDC), desenvolvida pelo Banco Central do Brasil. Ele representa o real em formato digital, com lastro garantido e emitido sob controle da autoridade monetária. O Drex tem como objetivo modernizar o sistema financeiro nacional, permitindo transações mais rápidas, seguras e programáveis por meio de contratos inteligentes. Diferente do Pix, que é um sistema de pagamentos, o Drex é uma nova forma de representação da moeda. Ele será integrado ao Sistema Financeiro Nacional, com uso previsto por bancos, fintechs e, futuramente, pelo público em geral em aplicações do dia a dia.
Escassez digital - é a característica de um bem digital que não pode ser copiado ou reproduzido indefinidamente, algo que o Bitcoin tornou possível pela primeira vez. Diferente de arquivos comuns, que podem ser duplicados sem custo (o famoso "copia e cola"), as moedas de Bitcoin são únicas, rastreáveis e limitadas em número. Essa escassez é garantida matematicamente pelo protocolo, que fixa o suprimento total em 21 milhões de unidades. A escassez digital torna o Bitcoin comparável a ativos como ouro, mas com vantagens adicionais de portabilidade, divisibilidade e resistência à censura.
Exchange - é o nome usado para as corretoras que vendem criptomoedas. Diferentemente das corretoras do mercado tradicional, cada exchange é uma bolsa diferente e existe formação de preço independente em cada uma delas.
Escola austríaca de economia - A escola austríaca de economia é uma corrente de pensamento econômico surgida no final do século XIX em Viena, com Carl Menger como fundador e posteriormente desenvolvida por autores como Ludwig von Mises, Friedrich Hayek e Murray Rothbard. Seu foco central é a análise da ação humana (praxeologia) e o entendimento da economia como um processo dinâmico de escolhas individuais em condições de incerteza.
Diferente das correntes matemáticas e estatísticas, a escola austríaca privilegia o método dedutivo-lógico, partindo do axioma de que os indivíduos agem de forma intencional para atingir fins. Daí derivam conceitos como preferência temporal, subjetividade do valor e o papel central do empreendedor na coordenação dos mercados.
A teoria austríaca enfatiza que os preços são sinais de informação descentralizada, essenciais para a coordenação econômica. Intervenções estatais — como controles de preços, expansão monetária ou crédito artificial — distorcem esses sinais, levando a ciclos econômicos de boom e bust. A teoria dos ciclos de Mises-Hayek sustenta que expansões de crédito promovidas por bancos centrais criam investimentos insustentáveis, inevitavelmente corrigidos por crises.
Em termos normativos, a escola austríaca defende a liberdade individual, a propriedade privada e mercados livres como bases para a prosperidade. É também bastante crítica ao keynesianismo e ao intervencionismo, sustentando que apenas arranjos voluntários e descentralizados conseguem gerar coordenação econômica sustentável no longo prazo.
A principal diferença entre a escola austríaca e a economia mainstream, em especial a tradição keynesiana, está na forma de entender o funcionamento dos mercados e o papel do Estado. Enquanto os austríacos veem a economia como um processo de descobertas descentralizadas, guiado pela ação empreendedora e pelos preços como sinais indispensáveis, os keynesianos tratam a economia de maneira mais macroeconômica e agregada, focando em variáveis como demanda efetiva, consumo, investimento e gasto público.
Para os keynesianos, crises resultam de insuficiência de demanda, justificando políticas fiscais e monetárias ativas para estabilizar o ciclo. Já os austríacos argumentam que essas mesmas políticas criam distorções, geram ciclos artificiais e impedem os ajustes naturais dos mercados. Em essência, enquanto a economia mainstream busca corrigir falhas por meio da intervenção estatal, a escola austríaca sustenta que tais intervenções são justamente a origem das descoordenações econômicas.
Em resumo, a escola austríaca de economia é uma tradição que interpreta a economia como o resultado das escolhas humanas, colocando o indivíduo, o mercado e o conhecimento disperso no centro da análise, em contraste com abordagens que priorizam modelos estatísticos ou políticas de controle estatal.
Fees ou Taxa de Transação - é o valor que o usuário oferece à rede para que os mineradores insiram sua transação num bloco que será minerado.
FOMO - é o acrônimo de Fear Of Missing Out, que em português significa “medo de ficar de fora”. No contexto dos investimentos, especialmente no mercado de criptomoedas, FOMO descreve o sentimento de ansiedade, ganância e urgência que leva uma pessoa a entrar em um ativo apenas porque vê outras pessoas lucrando com ele.
Esse comportamento é impulsionado pelo medo de perder uma oportunidade de alto retorno e pode levar a decisões impulsivas, mal planejadas e fora da estratégia individual. O FOMO é comum em períodos de euforia do mercado, e pode resultar em compras no topo ou em aumento do risco emocional e financeiro.
Fork - é o termo usado para descrever uma bifurcação no protocolo de uma blockchain, que resulta na criação de uma nova versão da rede. A partir do momento do fork, duas blockchains passam a coexistir, compartilhando o mesmo histórico até o ponto de separação, mas seguindo regras diferentes dali em diante. Forks podem ser soft (compatíveis com a versão anterior) ou hard (incompatíveis e definitivos). Eles ocorrem por divergências na comunidade, mudanças técnicas ou atualizações no protocolo. Um exemplo clássico é a divisão entre Bitcoin e Bitcoin Cash, que ocorreu em 2017 por discordâncias sobre o tamanho dos blocos e a escalabilidade da rede.
Fiat ou moeda fiduciária - é qualquer forma de dinheiro que não possui lastro físico em metais preciosos como ouro ou prata. Seu valor não está ligado a um bem tangível, mas sim à confiança da população e do mercado na autoridade emissora, geralmente um banco central.
Moedas fiat incluem papel-moeda, moedas metálicas, cheques, títulos de crédito e saldos bancários eletrônicos. Elas são aceitas como meio de troca e reserva de valor por força de lei, mas podem ser desvalorizadas por políticas monetárias irresponsáveis, inflação ou perda de credibilidade do emissor.
A palavra "fiat" também vem do latim, e seu significado é "faça-se" ou "que se faça", derivado do verbo fiō, que significa "tornar-se" ou "acontecer".
No contexto de moeda fiat, o termo remete à ideia de que a moeda existe e tem valor porque uma autoridade (geralmente o Estado) decretou que assim seja. Ou seja, seu valor não vem de um lastro em ouro ou outro bem físico, mas de uma ordem oficial (fiat) acompanhada da confiança pública nesse sistema. É literalmente dinheiro "por decreto": ele vale porque o Estado disse que vale.
Imagem 6. Tanto o real como o dólar são moedas fiats, assim como o euro e as demais moedas nacionais (sim, todas elas) que não possuem lastro em ouro.
FUD - é o acrônimo de “Fear, Uncertainty and Doubt”, ou em português “Medo, Incerteza e Dúvida''. Termo usado para definir o estado de espírito causado por notícias negativas (verdadeiras ou baseadas em rumores). Os bitcoiners usam o termo FUD para se referir a notícias mal intencionadas ou simplesmente ignorantes que são superficiais e causam medo nos novatos.
Gasto duplo - O gasto duplo é um risco específico de moedas digitais em que um mesmo ativo é utilizado mais de uma vez de forma fraudulenta. Em sistemas digitais centralizados, esse problema é evitado por um intermediário confiável. Já no caso do Bitcoin, o gasto duplo é prevenido por meio da blockchain e do mecanismo de prova de trabalho, que garantem que cada transação seja registrada de forma única, imutável e cronológica, evitando que a mesma moeda digital seja reaproveitada.
Hot wallet - é a carteira online utilizada para gerar e armazenar suas chaves privadas. As chaves armazenadas nela podem ser utilizadas para trocar bitcoins rapidamente com outros membros da rede. As hot wallets são consideradas menos seguras que as cold wallets, pois elas ficam hospedadas em celulares ou computadores que possuem acesso à internet e podem ser invadidos ou terem malwares e spywares instalados.
Halving - é um evento programado no protocolo do Bitcoin que reduz pela metade a recompensa recebida pelos mineradores por cada bloco validado na rede. Esse mecanismo ocorre a cada 210.000 blocos minerados, o que equivale a aproximadamente quatro anos. O halving é essencial para o controle da oferta monetária do Bitcoin, já que diminui gradualmente a emissão de novas moedas, seguindo sua lógica deflacionária.
Imagem 7. A diminuição da recompensa recebida pelo bloco minerado ilustrada nessa imagem é causada pelo halving.
Hard Fork - é uma alteração no protocolo que o torna incompatível com as versões anteriores. Os nodes que não forem atualizados não processam as transações posteriores a este fork. Um famoso exemplo de hard fork do Bitcoin é o Bitcoin Cash.
Hash - é o termo técnico que se refere ao código de saída gerado por uma função hash, um tipo de algoritmo que transforma qualquer sequência de entrada — como um texto, arquivo, imagem ou transação — em uma sequência alfanumérica de comprimento fixo. Esse código é único para cada conteúdo específico: se a entrada mudar, mesmo que minimamente, o hash resultante será completamente diferente. Por isso, os hashes são amplamente usados para verificar integridade de dados, detectar alterações e garantir segurança em sistemas digitais. No contexto do Bitcoin, os hashes são fundamentais para proteger transações e encadear blocos de forma imutável.
Hashrate ou taxa de hash - é a unidade que mede o poder computacional total de uma rede baseada em prova de trabalho, como o Bitcoin. Ela representa a velocidade com que todos os mineradores da rede realizam cálculos para encontrar o hash válido de um novo bloco. Quanto maior o hashrate, mais segura e robusta é a rede, pois mais recursos computacionais são necessários para comprometer seu funcionamento.
A unidade padrão é hashes por segundo (h/s), com uma ASIC topo de linha atualmente como a Antminer S21 Pro atinge cerca de 234TH/s e a rede como um todo atingindo mais de 900 exahashese por segundo (EH/s), por vezes ultrapassando a barreira de 1 zettahashes por segundo (ZH/s). O crescimento do hashrate ao longo do tempo indica maior participação de mineradores, maior concorrência por recompensas e maior dificuldade na mineração. Ele é um dos principais indicadores da saúde da rede blockchain.
Imagem 8. Evolução da hashrate da mineração de bitcoin ao longo da sua história.
HODL - é o termo utilizado no mundo das criptomoedas para a estratégia de “buy and hold”, uma estratégia popular para quem investe na bolsa de valores. HODL surgiu de um erro de digitação da palavra “hold”, “segurar” em português, de um usuário do fórum bitcointalk em 2013. No mundo das criptomoedas, quem segue a estratégia de HODL é conhecido como hodler, o que é equivalente ao buy and holder no mercado tradicional.
Imutabilidade - é a propriedade de um dado que não pode ser alterado após registrado. No contexto do Bitcoin, significa que uma vez que um bloco de transações é incluído na blockchain e confirmado por múltiplos nós, é praticamente impossível modificá-lo sem refazer toda a prova de trabalho subsequente.
Isso garante segurança e confiança no histórico da rede, impedindo fraudes, censura ou reescrita arbitrária de transações. A imutabilidade do Bitcoin decorre da combinação de descentralização, prova de trabalho e incentivo econômico, criando um registro confiável e auditável para sempre.
KYC - é o acrônimo de “Know Your Customer”, ou em português “conheça o seu cliente”. Exchanges KYC são as exchanges que exigem que o usuário apresente documentação e valide a sua identidade para poder comprar e vender suas moedas de Bitcoin.
Lightning Network ou Rede Lightning - é o sistema descentralizado de micropagamentos que roda em uma camada secundária acima da rede do Bitcoin. Graças à Lightning Network, hoje em dia é possível comprar até um café com Bitcoin com taxas de transação muito baixas e de forma instantânea. A rede Lightning pode ser entendida como o “pix do Bitcoin”
Mempool - é a abreviação de “Memory Pool”, é o conjunto de transações que ainda não foram confirmadas na Timechain. Toda transação feita é direcionada para o mempool e lá os mineradores ordenam as transações para construir os blocos.
Mineração - é o processo pelo qual transações de Bitcoin são validadas e registradas na blockchain do Bitcoin. Esse processo envolve milhares de computadores competindo para encontrar, por tentativa e erro, um número aleatório (nonce) que, combinado aos dados do bloco, produza um hash compatível com as regras da rede.
O primeiro a encontrar a solução válida adiciona o bloco à blockchain e recebe uma recompensa em bitcoins recém-criados, além das taxas de transação. Assim, a mineração cumpre duas funções essenciais: garantir a segurança e integridade das transações e emitir novas moedas de Bitcoin de forma descentralizada e previsível. Para uma explicação mais aprofundada sobre o que é minerar um bloco, leia este texto.
Multisig ou multi assinaturas - é um sistema de carteira que exige duas ou mais assinaturas (chaves privadas) para autorizar uma transação. Em vez de depender de uma única chave, os fundos são protegidos por um esquema como 2 de 3 ou 3 de 5, onde apenas um subconjunto autorizado pode mover as moedas de Bitcoin. É amplamente usado por empresas, carteiras compartilhadas ou para maior segurança individual. A multisig é uma forma mais sofisticada de custódia reduz o risco de perda ou roubo, pois um único dispositivo comprometido não é suficiente para roubar os fundos.
NFT - é o acrônimo de “Not Fungible Tokens”, ou em português “tokens não fungíveis”. Os tokens NFT são certificados (que podem ser criados em qualquer “blockchain”) para supostamente representarem uma relação direta com algo digital que está hospedado em um servidor centralizado. Uma coisa fungível é algo passível de ser substituído por outra coisa de mesma espécie, qualidade, quantidade e valor.
Nocoiner - quem ainda não possui nenhum satoshi. Geralmente o termo nocoiner é usado de forma pejorativa, uma vez que os nocoiners comentam algo negativo sobre o Bitcoin com grande convicção, sem perceber o tamanho de sua ignorância em relação a este tema.
Normie – pessoa que segue a mentalidade e os hábitos considerados “normais” pela sociedade tradicional, sem questionar profundamente o sistema financeiro ou a lógica do dinheiro fiduciário. No contexto do Bitcoin, o termo é usado de forma crítica para descrever quem não se interessa por alternativas como o BTC e continua preso à narrativa mainstream. Geralmente, o normie acredita que bancos, governos e moedas estatais são a forma “natural” e definitiva de organizar a economia, sem se dar conta das falhas estruturais desse modelo.
NGU Tech (ou tecnologia NGU) - NGU é o acrônimo de Number Go Up, ou “o número sobe”. É uma brincadeira entre os bitcoiners, que dizem que o Bitcoin é baseado em uma tecnologia que faz o número subir.
Nodes ou Full Nodes (nós completos) - são todos os nós que verificam as regras do Bitcoin e propagam transações válidas pela rede. Os full nodes (também conhecidos como full archive nodes) são computadores que rodam o software do Bitcoin constantemente e mantém uma cópia completa de todo o histórico de transações da rede enquanto os nodes prunados são nodes que mantém apenas uma versão resumida com os blocos mais recentes). Em resumo, o full node registra e valida toda a informação que transita na rede Bitcoin. Nesse sentido, a informação que não está de acordo com as regras é rejeitada.
Open source (código aberto) - significa que o código-fonte de um software é aberto e acessível a qualquer pessoa para estudar, modificar e redistribuir. O Bitcoin é um projeto totalmente open source, o que permite transparência total sobre seu funcionamento, evita portas dos fundos (backdoors) e incentiva a inovação comunitária. Qualquer pessoa pode auditar o código, contribuir com melhorias ou criar implementações alternativas. A natureza aberta do Bitcoin é um dos pilares de sua descentralização e confiança — ninguém precisa confiar em uma entidade central, apenas no código que está publicamente disponível.
Passphrase - é uma senha adicional, criada pelo usuário, que funciona como uma 13ª ou 25ª palavra adicionada à seed phrase tradicional de 12 ou 24 palavras. Ela torna a carteira ainda mais segura, pois mesmo que alguém obtenha a seed phrase, não poderá acessar os fundos sem a passphrase correta. Pode ser usada para criar carteiras ocultas, protegendo o usuário contra coação física ou ameaças. A passphrase deve ser mantida em sigilo absoluto e nunca deve ser esquecida, pois sem ela os fundos se tornam irrecuperáveis.
Preferência temporal - é um conceito da escola austríaca de economia que descreve o grau em que um indivíduo valoriza o consumo presente em relação ao consumo futuro.
Pessoas com alta preferência temporal buscam gratificação imediata, optando por consumir hoje em vez de poupar ou investir. Isso geralmente está associado a comportamentos impulsivos, menor planejamento financeiro e pouca construção de patrimônio.
Já pessoas com baixa preferência temporal tendem a adiar recompensas, cultivando disciplina, poupança e foco no longo prazo. Essa mentalidade é essencial para o desenvolvimento de sociedades prósperas, pois favorece o investimento em educação, infraestrutura e capital produtivo.
Prova de trabalho (Proof of Work – PoW) é um mecanismo de consenso usado por redes como a do Bitcoin para validar transações e garantir a segurança da blockchain. Os mineradores realizam tentativas e erros para encontrar um número (nonce) que, ao ser combinado com os dados do bloco e processado por uma função hash (SHA-256), resulte em um valor abaixo de um alvo pré-definido. Esse processo é computacionalmente custoso e aleatório, exigindo grande poder de processamento. A dificuldade se ajusta automaticamente para manter o tempo médio de geração de blocos estável. Isso torna a rede descentralizada, segura e resistente a ataques.
Prova de participação (Proof of Stake – PoS) é um mecanismo de consenso utilizado por diversas criptomoedas como alternativa à Prova de Trabalho (PoW). Em vez de mineradores competindo com poder computacional, a validação dos blocos é feita por validadores selecionados com base na quantidade de moedas que possuem em stake (em garantia). Ou seja, quem detém mais moedas tem mais influência na rede.
A PoS reforça uma estrutura de poder concentrada, em que os maiores detentores tendem a se manter no topo, recebendo mais recompensas e ampliando seu domínio. Mesmo que uma moeda baseada em PoS se tornasse uma reserva de valor global, a lógica de concentração de poder permaneceria — favorecendo uma elite validadora.
Já o Bitcoin, baseado em PoW, segue o princípio de "regras, não governantes" (rules, not rulers), pois sua segurança não depende da posse de moedas, mas da competição aberta por trabalho computacional, promovendo descentralização real e maior resistência a capturas institucionais.
Pump and Dump - em português “inflar e descartar” é uma fraude que consiste em inflar artificialmente o preço de um ativo através de declarações positivas falsas e enganosas, com o objetivo de vender as ações compradas a baixo custo por um preço mais alto.
Imagem 9. Ilustração de um movimento de “pump and dump”
Resistência à censura - é a capacidade de uma rede de permitir que qualquer pessoa envie e receba transações, independentemente de sua identidade, localização ou aprovação de terceiros. No Bitcoin, essa resistência é garantida pela natureza descentralizada da rede, pela imutabilidade dos blocos e pelo uso de endereços pseudônimos. Nenhuma autoridade pode impedir que você use a rede, congelar seus fundos ou reverter uma transação válida.
A resistência à censura é alcançada por usuários que rodam seus próprios nós e realizam a própria custódia. Essa propriedade torna o Bitcoin especialmente útil em ambientes autoritários, em situações de repressão econômica ou para preservar a liberdade financeira individual.
Satoshi Nakamoto - é o pseudônimo da pessoa (ou grupo de pessoas) que descobriu o bitcoin. Ele atuou ativamente por dois anos após a publicação do whitepaper e depois desapareceu, permitindo que a rede crescesse por meio dos seus próprios incentivos criados no código, fazendo emergir a propriedade de descentralização. Existem diversas teorias, mas a verdade é que ninguém sabe realmente quem foi Satoshi Nakamoto, e talvez isso seja a sua principal contribuição para o bitcoin.
Imagem 10. A estátua de Satoshi Nakamoto em Budapeste, uma escultura em bronze exibida no Graphisoft Park, com rosto polido como espelho e capuz com o logotipo do Bitcoin, simboliza a anonimidade do criador da criptomoeda.
satoshis - ou "sats”, são os “centavos” do bitcoin. Cada bitcoin é formado por 100 milhões de satoshis.
Seed phrase ou frase semente- é uma sequência de 12 ou 24 palavras geradas aleatoriamente que representa a chave privada de uma carteira Bitcoin. É a base para a recuperação dos fundos em qualquer dispositivo compatível. Com a seed phrase, é possível reconstruir a carteira inteira, o que torna a seed extremamente sensível e valiosa. Quem possui a seed tem controle total sobre as moedas de Bitcoin associadas. Por isso, ela deve ser armazenada com cuidado extremo, de preferência offline, e nunca digitada em sites ou aplicativos suspeitos.
Qual a diferença entre 12 ou 24 palavras? Uma chave privada de 12 palavras representa uma aleatoriedade de 128 bits de entropia, enquanto uma chave privada de 24 palavras representa uma aleatoriedade de 256 bits de entropia. O que essa diferença significa na prática? Quebrar uma chave de 12 palavras via tentativa e erro exigiria 2ˆ128 combinações, o que é totalmente impraticável mesmo para supercomputadores que fiquem rodando por bilhões de anos.
Quebrar a chave de 24 palavras exigiria um número de tentativas de 2ˆ256, um número literalmente inalcançável, mesmo teoricamente. Para se ter ideia do que esse número representa, vamos ilustrar com uma comparação: a quantidade de combinações possíveis em uma seed de 24 palavras (2²⁵⁶ ≈ 1,16 × 10⁷⁷) é da mesma ordem de grandeza que o número estimado de átomos em todo o universo observável (~10⁸⁰).
Imagem 11. Um conjunto de 24 palavras que representam muitas combinações possíveis de palavras. No total, são 2048 palavras que podem ser combinadas de todas as formas possíveis.
Shitcoin - em português “moeda de merda”, é o termo utilizado coloquialmente entre os investidores do universo das criptomoedas para descrever as altcoins. Na visão destes investidores, as altcoins não são verdadeiramente descentralizadas e geralmente os seus fundadores receberam tokens pré-minerados, o que compromete a integridade e o alinhamento de incentivos entre os fundadores e os investidores dessas altcoins.
Smart Contracts - em português “contratos inteligentes”, é o termo usado para os contratos digitais programados e auto-executáveis entre duas ou mais partes para bens, serviços ou outros. As transações bitcoin são um exemplo de smart contract que permite desintermediar, ou seja, cortar intermediários de diversos processos financeiros e jurídicos.
Soft Fork - é uma mudança simples no protocolo de uma criptomoeda que se mantém compatível com versões anteriores. Geralmente essa categoria de fork não traz problemas de validação para a rede já que ela continua funcionando mesmo com nodes desatualizados.
Stablecoin - é uma criptomoeda criada com lastro em alguma moeda ou commodity do mundo físico para que o seu valor permaneça estável. Exemplos de stablecoins são: I) USDT (Tether, uma criptomoeda lastreada no dólar americano em 1 USDT = 1 USD) e II) PAXG (uma stablecoin lastreada na onça do ouro).
Timechain - como Satoshi se referiu originalmente e como os bitcoinheiros chamam a blockchain do bitcoin. Ou seja, outras criptomoedas podem ter uma blockchain, mas somente o bitcoin tem a Timechain.
Toca do coelho - é uma expressão usada pela comunidade bitcoiner para descrever o processo de aprendizado profundo sobre Bitcoin. Inspirada no filme Matrix e na obra Alice no País das Maravilhas, simboliza a jornada de quem começa curioso e acaba descobrindo implicações econômicas, políticas, técnicas e filosóficas muito além da tecnologia. Ao “cair na toca”, o indivíduo passa a questionar conceitos como inflação, soberania monetária, bancos centrais e o papel do Estado. É um convite à autonomia intelectual e financeira, transformador para muitos que o exploram.
Transações peer-to-peer (P2P) - são transações entre duas entidades que negociam diretamente entre si, sem a intermediação de uma exchange, modelo no qual o bitcoin foi pensado em ser utilizado.
Watch-only - uma carteira watch-only permite visualizar saldos e transações de um endereço Bitcoin sem ter acesso à chave privada correspondente. Isso significa que é possível monitorar a movimentação de fundos, gerar endereços para recebimento, mas não é possível gastar ou mover os bitcoins.
Uma carteira watch-only é útil para auditorias, controle de caixa e acompanhamento de saldo de carteiras frias ou compartilhadas. Por não conter a chave privada, não representa risco de segurança direta, mesmo em dispositivos online. No entanto, sua configuração deve ser feita com atenção para evitar vazamentos de dados.
Whitepaper - é o documento técnico que descreve as principais propriedades de um projeto baseado na tecnologia blockchain e sua criptomoeda correspondente. O whitepaper do bitcoin foi publicado na lista de e-mails dos cypherpunks por Satoshi Nakamoto no dia 31 de outubro de 2008.
Imagem 12. O resumo do whitepaper do Bitcoin, publicado por Satoshi Nakamoto em 31 de outubro de 2008
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Escrito por Caio Leta


Escrito por Caio Leta
